O Bairro-alto, tal como o conhecemos hoje - enorme e povoada metrópole da noite alfacinha - era por alturas do pós-25 d’Abril um sítio inseguro e perigoso, paraíso por excelência da prostituição e chulagem da mais decadente que Lisboa já viu. Terreno proibído a estranhos, consentia apenas entrada a jornalistas e a estudantes do conservatório, sendo todos os intrusos ao negócio da carne afastados amávelmente do local – polícia inclusivé! Era um território impenetrável, de “facas na liga”, absolutamente fora da lei!