Já não era sem tempo! Lisboa fica um bocejo sem elas. Vem o mês de Agosto e é sempre a mesma coisa: Ao princípio sentimos a falta de não se sabe bem o quê… Parece que a cidade está diferente, mas não sabemos explicar a lacuna. E desculpamo-nos com a invasão de turistas, os animais abandonados ou os calores do estio. É a monótona silly-season. Mas... esperem… «silly» faz-nos lembrar qualquer coisa… Mas não é ainda suficiente… Ah, eis que chega Setembro e o mistério fica resolvido! É claro como água! As “tias” estão de volta!
Habitantes d’a capital, consolemo-nos: Quando nestes dias tórridos lemos a imprensa vazia que nos traz novas dos famosos, pelos Algarves e Brasís longínquos – em festas e praias parasidíacas – não desesperemos. Aqui mesmo ao lado temos areais deslumbrantes e desérticos, de fazer inveja a todos os socialites das sete partidas do mundo! Qualquer destes três segredos – agora desvendados – fica a menos de meia-hora do Marquês de Pombal em transportes públicos; se bem que uma lancha Bayliner de 1953 desse um toque mais chic à viagem…
O texto que se segue poderá ser pouco ortodoxo. Mas nem por isso deixa de ser um documento de actualíssima importância científica! Não é aconselhável a individuos com níveis altos de ácido úrico – pode provocar gota!